Dia das Mães: A história de uma boliviana

   

A mãe protagonista da história de hoje se chama Celida Cristina Camacho, uma boliviana radicada no Brasil. Seu pai era comunista, e seu avô era latifundiário. Ainda pequena perdeu teve seu pai assassinado em uma perseguição política e a mãe falecera um pouco antes num acidente. Quando chegou a reforma agrária, a fortuna de seu avô que era muita, se foi. Celina virou órfã vivendo na casa de parentes, quando cresceu se casou e veio para o Brasil.
    Sua história aqui no Brasil começou em São Paulo no bairro do Bom Retiro em um cortiço, no ano de 1960. Com sua facilidade de fazer amigos arranjou um emprego com apenas 5 dias em território brasileiro, era uma empresa de alta costura. No dia da entrevista foi solicitada a fazer um trabalho que não tinha experiência e um austríaco a ajudou pedindo para apenas olhar e aprender. Assim, com esse incentivo Dona Celida aprendeu tudo o que sabe hoje, e criou o seu próprio negócio naquela época, uma próspera oficina de bolsas.
     Foi muito discriminada por homens que não assumiam uma mulher no topo de uma empresa, mas ela era uma ótima trabalhadora e pessoa, fazia questão de pagar os funcionários conforme as leis brasileiras. Dona Celida teve sete filhos e fez questão de educá-los muito bem, conciliou trabalho e família de uma maneira harmoniosa, todos entendiam a necessidade de seu trabalho árduo. Teve um derrame há alguns anos o que a deixou chega de um olho, mas ela não se abalou e segue contente carregando seus dóis óculos. Ela se lembra sempre de uma frase do avô: "O sofrimento é relativo, depende de sua escolha". Hoje seu emprego é mimar os netos e viver feliz com a família que criou.
Fonte: http://www.boliviacultural.com.br

Parabéns a todas as mães por este dia especial!